Vulvoscopia: o que é, para que serve e como é feito
Vulvoscopia é o exame ginecológico que analisa detalhadamente a parte externa da vulva. O objetivo é olhar de perto, com uma lente de aumento, a pele dessa região.
Muitas vezes, ele é solicitado quando a mulher relata algum incômodo, como uma coceira persistente, ardência ou o surgimento de alguma mancha. Siga a leitura para saber mais sobre o exame, como ele é feito e quando é indicado.
O que é vulvoscopia?
A vulvoscopia é um exame que permite visualizar a vulva, ou seja, a parte externa da genitália feminina. E isso inclui os grandes e pequenos lábios, o clitóris e a entrada (vestíbulo) da vagina.
Para fazer essa análise, o médico usa um aparelho chamado colposcópio, que funciona como uma espécie de microscópio ou binóculo potente. O equipamento tem uma luz forte e lentes que aumentam a imagem da pele várias vezes.
O colposcópio não entra em contato com a paciente – ele fica posicionado próximo à região. E é essa capacidade de aumento que permite ao médico enxergar detalhes mínimos, como lesões muito pequenas, que não seriam vistas a olho nu.
Vulvoscopia com biópsia
A biópsia é realizada quando o médico encontra uma lesão suspeita durante a vulvoscopia. Por exemplo: uma mancha, verruga ou pequena ferida.
Na biopsia, o médico retira um ou mais fragmentos de tecido. E esse material é enviado para análise em um laboratório.
O nome dessa análise é exame anatomopatológico. E ele é fundamental para confirmar o diagnóstico. Na verdade, esta é a única forma de saber com certeza se a lesão é benigna, uma inflamação, uma lesão pré-cancerosa ou um câncer.
Como a vulvoscopia é feita?
No exame, feito em consultório, a paciente deita em uma cadeira ginecológica, semelhante à usada na coleta do Papanicolau. Então, o médico posiciona o colposcópio e ajusta o foco para observar a vulva.
Em seguida, ele aplica algumas substâncias líquidas na pele da região, e este líquido age como um reagente, ajudando a destacar áreas que possam ter alterações. Lesões suspeitas costumam mudar de cor, ficando mais esbranquiçadas. A aplicação desse líquido pode causar uma leve e breve sensação de ardência.
O exame em si é indolor e costuma ser rápido, durando de 10 a 15 minutos. Se a biópsia for necessária, pode haver um pequeno desconforto no momento da coleta.
Para que serve a vulvoscopia?
A vulvoscopia serve para investigar sintomas e diagnosticar lesões na vulva, ou seja, a pele da região genital externa. Queixas comuns que levam à realização do exame são:
- Coceira (prurido) intensa ou que não passa.
- Sensação de ardência ou queimação.
- Dor na região, especialmente durante a relação sexual.
- Aparecimento de manchas, placas, verrugas ou feridas.
Com a vulvoscopia, é possível identificar doenças inflamatórias da pele, como o líquen ou a psoríase genital. O exame também é o principal método para detectar lesões causadas pelo HPV (vírus do papiloma humano), como as verrugas genitais (condilomas).
Além disso, a vulvoscopia ajuda a detectar lesões pré-cancerosas. Essas lesões, chamadas de neoplasia intraepitelial vulvar (NIV), podem evoluir para um câncer de vulva se não forem tratadas.
Qual é a diferença entre vulvoscopia e colposcopia
A diferença é a área do corpo que cada exame avalia. A vulvoscopia examina a parte externa da genitália feminina e, a colposcopia, a parte interna.
Na vulvoscopia, o foco é a vulva. O médico olha a pele dos grandes e pequenos lábios, a região do clitóris e o períneo (área entre a vagina e o ânus). Já a colposcopia avalia o colo do útero e as paredes da vagina.
Na colposcopia, o médico usa um espéculo, o mesmo aparelho “bico de pato” usado no Papanicolau. Ele serve abrir o canal vaginal e permitir a visualização do colo do útero.
Muitas vezes, os dois exames são pedidos juntos. O médico pode solicitar uma “colposcopia com vulvoscopia”. Nesses casos, ele aproveita o mesmo momento para avaliar toda a região genital, tanto interna quanto externa.
Para quem o exame é indicado
A vulvoscopia é especialmente indicada para mulheres que apresentam sintomas na vulva, como coceira, ardência, dor ou mudanças na aparência da pele.
Mulheres com diagnóstico de HPV ou com parceiros que têm HPV podem precisar do exame. O vírus pode causar lesões na vulva que precisam ser acompanhadas. O exame também serve para monitorar mulheres que já trataram lesões pré-cancerosas ou câncer na região.
Vale ainda mencionar que a vulvoscopia costuma fazer parte dos exames de rotina anuais da mulher, ao lado da colposcopia, ultrassom de mamas, mamografia (para mulher acima dos 40 anos) e, em casos específicos, ultrassom transvaginal.
Preparo para o exame
A recomendação mais importante é não estar menstruada. O fluxo de sangue pode atrapalhar a visualização da pele e a ação dos reagentes.
Além disso, nas 48 horas (dois dias) antes do exame, a paciente deve evitar:
- Relações sexuais.
- Uso de cremes, pomadas ou medicamentos na vagina ou na vulva.
- Duchas vaginais internas.
Essas práticas podem alterar temporariamente a aparência da região, interferindo no resultado dos líquidos que o médico aplica. Fora esses cuidados, não é necessário fazer jejum ou tomar medicamentos antes do exame.
Vulvoscopia: preço e onde fazer
Para consultar preços, obter mais informações sobre a vulvoscopia e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar a nossa plataforma digital clicando no botão.
Fonte: Doutor e professor em ginecologia, obstetrícia e ultrassonografia



